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OMS Desaconselha Uso De Adoçantes Para Perda De Peso
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Estudos mostram que esse tipo de adoçante não traz benefício a longo prazo
- Por Anderson Santos
- 16/05/2023 02h55 - Atualizado há 1 ano
De acordo com as novas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado evitar o uso de substitutos do açúcar ao tentar perder peso.
Segundo a revisão das evidências disponíveis, conduzida pela entidade, o uso de adoçantes sem açúcar não demonstrou benefícios a longo prazo na redução da gordura corporal em adultos ou crianças.
“Substituir açúcares livres por adoçantes sem açúcar não ajuda as pessoas a controlar seu peso a longo prazo”, disse Francesco Branca, diretor do departamento de nutrição e segurança alimentar da OMS.
A orientação da OMS se aplica a todas as pessoas, com exceção daquelas com diabetes preexistente. Isso ocorre porque os estudos analisados na revisão não incluíram esse grupo pessoas.
A revisão sistemática levantou a possibilidade de "efeitos indesejáveis potenciais" do uso prolongado de substitutos do açúcar, como um risco levemente aumentado de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Estévia — Imagem: Reprodução
Os adoçantes sem açúcar mais comuns citados pela OMS são:
• Acesulfame de Potássio;
• Aspartame;
• Advantame;
• Ciclamatos;
• Neotame;
• Sacarina;
• Sucralose;
• Estévia e derivados de Estévia.
O relatório enfatiza que, em termos de redução da obesidade, controle de peso e risco de doenças, a ciência ainda não demonstrou que os adoçantes sem açúcar produzem os efeitos positivos para a saúde da forma como algumas pessoas podem estar buscando.
“Adoçantes sem açúcar não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde”, afirma o diretor Francesco Branca.
Os adoçantes sem açúcar são amplamente utilizados como ingredientes em alimentos e bebidas pré-embalados, e também podem ser adicionados diretamente por consumidores em alimentos e bebidas.
A revisão realizada pela foi motivada pelo interesse crescente em alternativas ao açúcar, uma vez que a OMS emitiu diretrizes em 2015 recomendando a redução da ingestão diária de açúcares livres para menos de 10% da ingestão total de energia.
Esse enunciado resultou em um aumento no uso de adoçantes sem açúcar como uma possível solução.
A orientação da OMS não é válida para produtos de higiene e cuidados pessoais que contenham essas substâncias, tais como:
• cremes dentais
• cremes para a pele
• medicamentos
• açúcares de baixa caloria
• álcoois de açúcar (polióis)
Estes que são considerados açúcares ou derivados de açúcares e contêm calorias, portanto, não são considerados adoçantes.
Fonte: OMS